Tecnologia na custódia: como blockchain e DLTs podem mudar o mercado financeiro

Mike Gull By Mike Gull 7 Views
Rodrigo Balassiano explora como blockchain e DLTs estão revolucionando a custódia no mercado financeiro.

O especialista Rodrigo Balassiano elucida como tecnologias emergentes, como o blockchain e os registros distribuídos (DLTs), estão reformulando profundamente os processos de custódia no mercado financeiro. Essa transformação promete mais eficiência, segurança e transparência para instituições, investidores e reguladores em escala global.

O papel da tecnologia na custódia de ativos

A custódia de ativos financeiros é um serviço essencial prestado por instituições autorizadas, responsável pela guarda, movimentação e controle de ativos como ações, títulos, debêntures e fundos de investimento. Ela garante que esses ativos estejam seguros e em conformidade com as exigências regulatórias. Com o avanço da digitalização e o aumento da complexidade das transações financeiras, a infraestrutura tradicional tem enfrentado limitações operacionais, abrindo espaço para soluções mais ágeis e modernas.

É nesse contexto que blockchain e DLTs entram como alternativas revolucionárias. Essas tecnologias permitem a criação de registros digitais descentralizados, imutáveis e altamente auditáveis, eliminando a necessidade de processos manuais e conciliatórios entre múltiplas instituições. Conforme Rodrigo Balassiano ressalta, a adoção dessas ferramentas representa um passo decisivo para a modernização da custódia, tornando o sistema mais transparente, eficiente e seguro.

Como blockchain e DLTs transformam a infraestrutura de custódia

Blockchain é uma tecnologia que viabiliza o registro de informações em blocos interligados e protegidos por criptografia, formando uma cadeia inviolável. As DLTs, por sua vez, englobam estruturas semelhantes, mas com maior flexibilidade, permitindo configurações personalizadas para diferentes tipos de instituições financeiras. Ambas funcionam como uma base de dados distribuída entre todos os participantes da rede, garantindo que todas as transações registradas sejam validadas de forma conjunta, sem depender de um intermediário central.

A custódia digital baseada nessas tecnologias oferece rastreabilidade completa de cada ativo, além de liquidação quase imediata das operações, o que diminui o risco sistêmico e os custos operacionais. De acordo com Rodrigo Balassiano, essa evolução reduz significativamente a exposição a falhas humanas, fraudes e inconsistências de informação, que são problemas recorrentes em sistemas tradicionais. Além disso, a automação dos processos proporciona ganhos de produtividade e melhora a experiência para investidores e gestores de ativos.

Tecnologia na custódia: Rodrigo Balassiano analisa o impacto de blockchain e DLTs no setor financeiro.
Tecnologia na custódia: Rodrigo Balassiano analisa o impacto de blockchain e DLTs no setor financeiro.

O impacto da inovação no mercado financeiro global

A aplicação de blockchain na custódia já é uma realidade em diversas partes do mundo. Bolsas de valores, bancos e gestoras de ativos estão investindo em projetos-piloto e plataformas operacionais que utilizam registros distribuídos para controlar ativos digitais e tradicionais. A tokenização, processo que transforma ativos físicos ou financeiros em representações digitais, também tem sido facilitada pelo uso de DLTs, ampliando o acesso de investidores a produtos que antes eram restritos a grandes instituições.

Conforme Rodrigo Balassiano analisa, esses avanços representam uma mudança estrutural na forma como os mercados operam. A interoperabilidade entre sistemas, a padronização de processos e a transparência proporcionada pelos registros distribuídos favorecem a redução de riscos e o aumento da confiança entre os agentes financeiros. A tendência é que essas tecnologias se consolidem como pilares de um novo modelo operacional mais ágil e seguro.

Desafios regulatórios e perspectivas futuras

Apesar das inúmeras vantagens, a implementação de blockchain e DLTs na custódia enfrenta barreiras significativas, sobretudo no âmbito regulatório. Muitos países ainda não dispõem de marcos legais adequados para lidar com os ativos digitais e as novas formas de registro e liquidação. Há também preocupações com a interoperabilidade entre sistemas antigos e novos, bem como com a governança das redes descentralizadas.

Segundo Rodrigo Balassiano, é fundamental que os reguladores acompanhem essa evolução e estabeleçam normas que incentivem a inovação sem comprometer a segurança e a estabilidade do sistema financeiro. A cooperação entre setor público e privado será decisiva para que os benefícios dessas tecnologias sejam plenamente aproveitados.

À medida que o mercado amadurece e as soluções tecnológicas se tornam mais acessíveis, a expectativa é de que a custódia digital baseada em DLTs se torne o novo padrão do setor. Essa transformação não apenas aprimora os processos existentes, mas também abre espaço para novos produtos, modelos de negócio e experiências para os investidores. Como Rodrigo Balassiano aponta, o futuro da custódia está diretamente ligado à capacidade do setor financeiro de adotar, integrar e escalar essas inovações de forma estratégica e responsável.

Autor: Mike Gull

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