O Brasil tem se consolidado como um dos destinos mais atrativos para investimentos estrangeiros em energia limpa, graças à sua abundância de recursos naturais, à expansão da demanda por eletricidade e às crescentes oportunidades de negócios sustentáveis. Segundo o administrador de empresas Fernando Trabach, o cenário atual é altamente promissor, com diversas iniciativas internacionais sendo direcionadas para projetos de energia renovável em território brasileiro.
A combinação entre potencial técnico, estabilidade regulatória e compromisso com metas climáticas tem colocado o país no radar de investidores que buscam unir rentabilidade com impacto ambiental positivo. Com destaque para a energia solar, eólica, biomassa e o nascente mercado de hidrogênio verde, o Brasil desponta como peça-chave na transição energética global.
A atratividade do Brasil para capital internacional
O Brasil reúne condições privilegiadas para liderar o mercado global de energia renovável. A extensão territorial, a elevada incidência solar, os ventos constantes no Nordeste e a capacidade produtiva no setor de biocombustíveis colocam o país em uma posição diferenciada. Esses fatores, aliados à regulamentação específica para a geração distribuída, aos leilões de energia e à abertura de mercado livre, criam um ambiente favorável ao capital estrangeiro.

Fernando Trabach ressalta que o interesse internacional também é motivado pelo compromisso do Brasil com os acordos ambientais, como o Acordo de Paris, e pela meta de atingir a neutralidade de carbono até 2050. Essas metas impulsionam políticas públicas que incentivam a expansão das fontes limpas e oferecem segurança jurídica para investidores.
Principais origens dos investimentos estrangeiros
Diversos países têm direcionado recursos significativos para o setor energético brasileiro. Espanha, China, Alemanha, Estados Unidos, França e Noruega lideram os aportes em projetos de geração renovável. Empresas globais como Iberdrola, Enel, EDF, Equinor e Brookfield têm ampliado sua atuação no país, com foco em parques solares, eólicos e soluções integradas de energia limpa.
Além das companhias multinacionais, fundos de investimento, bancos de desenvolvimento e agências de fomento estrangeiras também têm participação ativa, financiando projetos com critérios ESG e promovendo parcerias público-privadas que aceleram a infraestrutura energética.
De acordo com Fernando Trabach, esses investimentos são estratégicos não apenas para a diversificação da matriz elétrica brasileira, mas também para a criação de empregos, o fortalecimento da cadeia de fornecedores e o desenvolvimento regional.
Energia solar e eólica: os principais alvos dos investimentos
Entre as fontes mais atrativas para o capital estrangeiro estão a energia solar e a eólica. Ambas apresentam rápida escalabilidade, custos decrescentes e demanda crescente por parte do setor industrial e residencial. O Nordeste tem se tornado um polo de concentração desses projetos, com destaque para os estados do Piauí, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
A energia solar, em particular, vem se destacando na geração distribuída, com investidores estrangeiros participando de projetos em condomínios industriais, residenciais e comerciais, muitas vezes em parceria com empresas nacionais. Já a energia eólica se consolida nos grandes parques, com exportação de tecnologia e know-how por empresas europeias.
Fernando Trabach observa que esses projetos têm promovido não apenas a geração de energia limpa, mas também o desenvolvimento socioeconômico das regiões, por meio da capacitação de mão de obra local e da movimentação do comércio e serviços.
Novas fronteiras: hidrogênio verde e armazenamento energético
O mercado brasileiro também tem despertado o interesse de investidores em áreas mais recentes da transição energética, como o hidrogênio verde. Utilizando eletricidade de fontes renováveis para realizar a eletrólise da água, o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores exportadores globais dessa nova commodity energética.
Projetos piloto já estão em curso, especialmente no Porto de Pecém (CE) e em outras áreas litorâneas com potencial logístico para exportação. Empresas da Alemanha, Japão e países árabes estão avaliando a viabilidade de instalações no país, com foco na exportação de hidrogênio para Europa e Ásia.
Fernando Trabach destaca ainda que soluções de armazenamento, como baterias de íon-lítio e sistemas híbridos integrados, também devem receber aportes estrangeiros nos próximos anos, visando maior estabilidade e flexibilidade na gestão da energia renovável.
Perspectivas e desafios para o futuro
O cenário de investimentos estrangeiros em energia limpa no Brasil é altamente positivo, mas não isento de desafios. A necessidade de ampliação da infraestrutura de transmissão, a burocracia regulatória, a segurança jurídica de longo prazo e a capacitação da mão de obra são pontos que exigem atenção para garantir a continuidade dos aportes.
Contudo, com o avanço de políticas públicas, a modernização do marco legal e a valorização de projetos sustentáveis no mercado financeiro internacional, a tendência é de crescimento constante. A diversificação dos modelos de negócios, como consórcios, PPAs e geração compartilhada, também deve facilitar o acesso de investidores a diferentes perfis de consumidores.
Conforme afirma Fernando Trabach, o Brasil tem todas as condições para se tornar uma potência global em energia limpa, atraindo capital estrangeiro que impulsione uma nova economia verde, com ganhos ambientais, sociais e econômicos para toda a sociedade.
Autor: Mike Gull